Novembro Azul: Prevenção e cuidados com a saúde devem ser feitos em todas as fases da vida
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O mês de conscientização sobre o diagnóstico precoce para o câncer de próstata, o Ministério da Saúde alerta que a saúde masculina como um todo merece atenção. Apesar do aumento da expectativa de vida entre 2000 e 2018, os homens ainda vivem 7,1 anos a menos que as mulheres. Segundo informações da Secretaria de Atenção Primária à Saúde, 34% dos homens brasileiros que estão na faixa etária de 20 a 59 anos não estão cadastrados nos serviços da Atenção Primária à Saúde (APS), fazendo menos uso desses serviços e realizando menos ações preventivas e de promoção à saúde em comparação às mulheres.

Entre as doenças crônicas não transmissíveis que mais acometem a população masculina, estão as cardiovasculares. Em 2018, os homens apresentaram maior risco de morte por essas doenças do que as mulheres, além das enfermidades respiratórias crônicas, com 40% e 50% mais risco, respectivamente. Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), esses riscos podem ser agravados entre os homens que fazem uso prejudicial de álcool, possuem dieta e estilo de vida pouco saudáveis, com pressão alta e/ou alto índice de massa corporal.

Prevenção

Para proporcionar mais qualidade de vida à população masculina, o primeiro passo é a prevenção. A adoção de hábitos saudáveis, a prática de atividade física regular, a alimentação balanceada e o uso moderado de bebidas alcoólicas são cruciais para diminuir esses agravos evitáveis. Além disso, o acompanhamento de saúde preventivo é fundamental.

Um levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo mostrou que 70% das pessoas do sexo masculino procuram atendimento médico por cobrança dos familiares. Além disso, mais da metade desses pacientes adiam a ida ao médico e já chegam com doenças em estágio avançado.

A prevenção a partir de um acompanhamento médico rotineiro e a identificação precoce de doenças aumentam as chances de um tratamento eficaz. Para isso, alguns exames devem fazer parte do cotidiano masculino:

  • Aferir a pressão com frequência;
  • Acompanhar as taxas de colesterol;
  • Realizar a testagem para infecções sexualmente transmissíveis, como HIV, hepatite B (HBsAg) e hepatite C (anti-HCV).

Os homens que apresentam algum sinal de problemas na próstata, como dificuldade para urinar, jato urinário fraco ou sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, devem ir ao serviço de saúde mais próximo para investigação. É possível que outras doenças, como uma infecção urinária, estejam causando os sintomas.

No entanto, esses sintomas também podem estar relacionados ao câncer de próstata. No Brasil, esse é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. No geral, é o sexto tipo mais comum no mundo e o principal entre homens, representando cerca de 10% do total de cânceres.

Para aqueles com histórico familiar, é recomendada a consulta e o acompanhamento médico, pois somente ele pode orientar quanto aos riscos e benefícios da realização de exames.

Saúde do homem

Para ampliar a procura por serviços de saúde entre os homens, foi regulamentada em 2021 a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH). O objetivo é promover a melhoria das condições de saúde da população masculina brasileira, contribuindo de modo efetivo para a redução da morbidade e da mortalidade dessa população por meio do enfrentamento aos fatores de risco e vulnerabilidades.

A PNAISH é desenvolvida a partir de cinco eixos temáticos:

  • Acesso e acolhimento;
  • Saúde sexual e saúde reprodutiva;
  • Paternidade e cuidado;
  • Doenças prevalentes na população masculina;
  • Prevenção de violências e acidentes.

O Ministério da Saúde reforça que o cuidado com a saúde deve ser feito em todas as fases da vida do homem.

Fonte: Ministério da Saúde.

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