Haddad fala sobre comunicado do Copom: ‘preocupante’
No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central manteve a taxa básica de juros da economia em 13,75% ao ano pela quinta vez seguida. O Copom avaliou que o cenário externo piorou, que os episódios envolvendo bancos nos Estados Unidos e na Europa elevaram incertezas e que a inflação no Brasil segue pressionada. O comitê também afirmou que existe ainda uma indefinição sobre a nova regra de controle de gastos do governo e que pode voltar a subir os juros se for preciso.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que considerou preocupante o comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central.
“Muito preocupante, porque hoje nós divulgamos o relatório bimestral da Lei de Responsabilidade Fiscal mostrando que as nossas projeções de janeiro estão se confirmando sobre as contas públicas, e o comunicado deixa em aberto, num momento em que a economia está retraindo e que o crédito está com problemas, sobretudo empresas e famílias, o Copom chega a sinalizar até a possibilidade de uma subida da taxa de juros, que já é hoje a mais alta do mundo. Então, obviamente que nós lemos com muita atenção, com consideração”, afirmou.
Nesse relatório bimestral citado por Fernando Haddad, os ministérios do Planejamento e da Fazenda reduziram a previsão de crescimento da economia este ano, de 2,5% para 1,6%. A expectativa de rombo nas contas públicas caiu de R$ 230 bilhões para R$ 107 bilhões, fora a despesa com pagamento dos juros da dívida pública.
A equipe econômica afirmou que a mudança se deve à melhora na projeção de receitas e à queda dos gastos previstos.
Fonte: g1 | Foto: Adriano Machado/REUTERS.