Após terminar a apresentação de seu plano de governo, Ciro abriu o microfone para perguntas e, depois de receber elogios, ponderou sobre a qualidade de entendimento da plateia. Em seguida, o candidato comentou sobre a dificuldade de explicar temas complexos aos moradores de favela.

“Parabéns pela sua aula. Acho que foi uma aula. Pra mim foi”, comentou o empresário Luiz Césio Caetano.

“Na verdade, é um comício, né? (risos) Um comício pra gente preparada. Imagine explicar isso na favela. É um serviço pesado”, comentou Ciro Gomes.

Esse foi o segundo compromisso de campanha de Ciro Gomes no Rio de Janeiro nesta quarta. Mais cedo, o candidato caminhou pelo Centro da cidade.

Junto com o candidato do PDT ao governo do estado, Rodrigo Neves, Ciro andou da Praça da República ao Saara. No percurso, ele conversou com comerciantes e trabalhadores.

Má-fé

Após repercussão negativa da frase, o candidato à presidência da República usou suas redes sociais para falar sobre o assunto.

“A pior luta da sinceridade é contra a hipocrisia. Fiz uma palestra na Firjan sobre temas extremamente técnicos – capazes de serem entendidos por poucos – e concluí com uma autocrítica por usar linguagem tão técnica. Daí a dizer que menosprezei moradores das favelas é muita má-fé”, postou.

Na sequência, explicou a dinâmica do que teria acontecido.

“Aos fatos: um diretor da Firjan chamou a palestra de “aula”. Respondi, brincando, que era ‘um comício’. E completei: ‘imagine explicar na favela, seria pesado’. Usei o termo ‘gente preparada’ no sentido técnico, nunca como menosprezo à sabedoria popular. Que amo e respeito”, disse.

“Isso não se dá por acaso. Com medo do nosso crescimento, as máquinas do ódio do petismo e do bolsonarismo destamparam suas usinas de agressões, fake news e manipulações. Assista ao vídeo e tire suas próprias conclusões”, disse aos seus seguidores.

Fonte: G1 | Foto: Reprodução/Redes sociais.