Brasil cria G20 Social e quer pressão da sociedade por resultados concretos, diz ministro
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BRASÍLIA (Reuters) – O Brasil proporá adicionar uma ala da sociedade civil ao grupo G20, das maiores economias do mundo, quando assumir a presidência na próxima semana, para agregar as vozes da sociedade às reuniões de cúpula, disse Márcio Macêdo, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, nesta segunda-feira (27).

As mensagens da sociedade aos líderes do G20 têm chegado principalmente através de protestos de rua, por vezes violentos, mas raramente chegam à mesa de negociações.

“O que o presidente quer é uma espécie de trilha social que funcione paralelamente ao trabalho dos sherpas e dos grupos financeiros. As pessoas dessas 20 principais economias poderão assim influenciar as decisões do G20”, Márcio Macêdo, ministro responsável pelas relações do governo com a sociedade civil, disse à Reuters.

Desde que foi criado em 1999 como uma plataforma de ministros das finanças e governadores de bancos centrais para combater os efeitos da crise financeira asiática, o G20 adicionou grupos de discussão sobre assuntos de negócios, trabalho, mulheres e juventude, mas a sua contribuição tem sido limitado a mesas redondas.

“O Brasil quer organizar as demandas desses grupos sociais para que suas propostas possam servir para pressionar os líderes a tomarem medidas práticas”, disse Macêdo em entrevista.

“Estamos tentando construir uma nova agenda, para que as decisões do G20 não fiquem tão distantes do que as pessoas realmente querem”, afirmou.

Na cúpula do próximo ano, os líderes se reunirão nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. Dois dias antes, o Brasil sediará a Cúpula Social do G20 para elaborar conclusões a serem apresentadas aos líderes, disse.

Macêdo disse que a ideia do Brasil foi bem recebida, principalmente pelos países do G20 que possuem fortes organizações da sociedade civil.

Fonte: Reuters | Foto: Divulgação.

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